terça-feira, 29 de março de 2011

Qual rumo?

A chuva estava forte, olhei através da vidraça embaçada por inúmeras gotículas,  senti algo no peito, aproximei-me daquele portal e abri.
Fiquei ali, parada, olhando tudo! Emudeci em meus pensamentos quando visualizei uma borboleta voando leve, vencendo os pingos fortes. Quanta beleza guardou aquele momento em que permaneci envolta numa viagem interna inexplicável.
Quantas vezes nos encontramos dentro de uma tempestade interna, clamando por novos tempos, achando-nos fracos perante a vida. Fiquei pensando naquela borboleta, com seu corpinho delicado, guiando-se através da irmã tempestade.
Qual rumo queremos tomar? Que caminhos, de fato, desejamos percorrer?
A borboleta, outrora larva, venceu o casulo, rastejou, foi paciente, até que ganhou coloridas asas e alçou o vôo de novas experiências. Após isso, ainda segue vencendo as chuvas-dificuldades do caminho, com leveza e sabedoria.
Assim somos nós, numa trajetória em que tudo depende das nossas escolhas.
Na dificuldade, podemos chorar entregues ao desânimo, ou sorrir, agradecendo a benção da oportunidade de crescimento.
Diante dos percalços, podemos nos desesperar e esmorecer, ou lutar, vencendo os véus das mais severas lutas.
Frente a escuridão das mazelas, podemos gritar em um ato de descontrole, ou em uma atitude de fé, acender a luz da confiança, ascendendo novos degraus em direção a renovação sublime de nossos corações.
Enfim, quando tudo parecer perdido, podemos desistir, ou persistir, encontrando no "fim-começo" da jornada a certeza de que tudo foi vivência plena dentro do mar-vida, onde apenas passamos rumo a verdadeira casa, que é onde somos quem somos, sem máscaras e sem amarras.

Novos rumos em direção a nós mesmos!

beijos de luz n'alma do cêis tudo

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