quinta-feira, 28 de julho de 2011

O vaso ou a flor?

Observei certo dia, ao passar por uma casa, um vaso quebrado, velhinho mesmo, que guardava a delicadeza de uma bela flor.
Aquilo me fez refletir sobre nós, seres humanos ainda tão amarrados à condição física, acorrentados ao que pensam sobre a casa física (corpo) que abriga nossa essência (espírito).
É claro que não se trata de um culto ao desleixo, mas sim uma clara observação sobre os exageros que ainda são cometidos em nome da vaidade.
A moda dita normas que acabam camuflando o que somos em verdade e acabamos aprisionados a conceitos que não acrescentam conteúdo.
Sentir-se bem é estar bem consigo mesmo, mesmo diante de um emaranhado de emanações e cobranças que recebemos.
Se beleza, segundo os conceitos atuais, fosse sinônimo de felicidade, não teríamos tantos casos de depressão e até mesmo suicídio dos ditos "mais belos".
Pensemos, meu queridos, que o vaso (corpo) pode ser trocado, pode ser novo e até de ouro, mas se não guardar uma flor (essência) bela, de nada vale.
Muitos vasos guardam flores plastificadas pela angústia em atender ao ideal que se prega, em nome de uma falsa aceitação.
A verdade é que as pétalas irão cair, mas se tivermos raízes fortes, nova flor nascerá e cada vez mais bonita. Não importa que o vaso vá se degradando, porque o que fica é o perfume do amor que nossa flor-coração emana!
Cuidemos do vaso, mas não nos esquecemos de cultivar a essência-flor!

beijos n'alma do cês tudo

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